Por que Dumbledore contratou tantos professores ruins em Harry Potter?


Dentro do universo de Harry Potter, é evidente que o diretor Alvo Dumbledore destaca-se como um bruxo sem igual. Dotado de uma inteligência brilhante, sabedoria profunda, compaixão e um carisma peculiar, ele encarna o ideal do mago sábio e envelhecido, guiando o herói em sua aventura. Até mesmo seus detratores não podem negar seu poder e astúcia. Contudo, Dumbledore tinha suas falhas e segredos obscuros. Um desses segredos impactou seus alunos: a inconsistência na qualidade dos professores de Defesa Contra as Artes das Trevas que ele contratava. Não que ele fosse incapaz de fazer uma boa escolha; em várias ocasiões, ele selecionou professores excelentes. Por vezes, porém, a decisão não estava em suas mãos. Acima de tudo, é crucial recordar que a própria posição era amaldiçoada, impedindo que qualquer ocupante permanecesse por mais de um ano. Essas circunstâncias levaram Dumbledore a fazer contratações que, na melhor das hipóteses, poderiam ser consideradas como pouco eficazes. 

Algumas das novas contratações de Dumbledore foram simplesmente horríveis 

• Os piores professores de Defesa Contra as Artes das Trevas focavam apenas no trabalho teórico.
• Alguns estavam ativamente tentando sabotar os estudantes de Hogwarts.
• No caso de Gilderoy Lockhart, ele era simplesmente incompetente. 

A análise do primeiro ano de Harry Potter em Hogwarts revelou aos leitores um exemplo de um professor de Defesa Contra as Artes das Trevas que deixava a desejar: o Professor Quirinus Quirrel. Aqueles familiarizados com os livros ou filmes estão cientes de que Quirrel servia Lord Voldemort, escondendo até mesmo a essência de seu mestre sob seu turbante. Durante seu período como professor, Quirrel focou predominantemente em lições teóricas, negligenciando a prática necessária para que os alunos desenvolvessem habilidades defensivas eficazes. Isso provavelmente deixou os estudantes mal preparados para enfrentar ameaças reais, o que pode ter sido um movimento calculado para enfraquecer futuros bruxos em antecipação ao retorno de Voldemort.

Quanto a Gilderoy Lockhart, referir-se a ele como professor seria subverter o significado da profissão. Longe de ser o bruxo habilidoso que afirmava ser em suas publicações, que eram na verdade aventuras apropriadas indevidamente de outros bruxos cujas memórias ele alterou. Suas aulas eram caracterizadas por exercícios egocêntricos e triviais, que no melhor cenário poderiam ser vistos como autoindulgentes e no pior, como um esforço consciente para desperdiçar o tempo valioso dos alunos. Não surpreendentemente, sua saída foi recebida com alívio pelos colegas professores de Hogwarts. 

Dolores Umbridge é lembrada como a mais nefasta das contratações de Dumbledore. Enviada pelo Ministério da Magia, sua missão era monitorar Dumbledore, sob a falsa suspeita de que ele conspirava contra o Ministro Cornelius Fudge. Essa desconfiança era infundada e refletia a negação de Fudge em reconhecer o retorno de Voldemort, optando por atribuir a Dumbledore a culpa pelos problemas enfrentados. Umbridge foi a ferramenta escolhida para minar a resistência dos alunos de Hogwarts, limitando-os a um currículo teórico e, frequentemente, submetendo-os a punições cruéis. Sua natureza malévola e ambição desmedida fizeram com que fosse universalmente detestada. Assim, quando os centauros a arrastaram para a Floresta Proibida, muitos esperavam que fosse a última vez que vissem Umbridge.

Dumbledore contratou alguns professores excelentes 

• Dumbledore contratou professores eficazes, como Remus Lupin, Olho-Tonto Moody e Severus Snape.
• Ironicamente, os melhores professores de Defesa Contra as Artes das Trevas tinham conhecimento prático de magia negra. 

Não é justo dizer que as escolhas de Dumbledore para professores foram sempre desastrosas ou terríveis. De fato, muitos foram competentes e queridos pelos estudantes. Um exemplo notável foi Remus Lupin, que se juntou a Hogwarts no terceiro ano de Harry Potter. Apesar de sua aparência desgastada, Lupin se destacou como um educador experiente, gentil e extremamente capaz. Harry mencionou várias vezes que Lupin foi o melhor professor que ele teve, e possivelmente o seu preferido durante toda a sua educação. Se não fosse pela revelação de sua condição de lobisomem ao final do ano, Lupin poderia ter permanecido na escola por muito mais tempo. Foi principalmente através de sua orientação que Harry viu suas habilidades na matéria prosperar, incluindo o aprendizado do Feitiço do Patrono. Depois de Lupin, veio Alastor Moody, que tinha tudo para ser um excelente professor, não fosse por um chocante desenvolvimento no fim do ano. Conhecido como Olho-Tonto, Moody era um ex-Auror, um caçador de bruxos das trevas, e tido por muitos como o melhor em sua linha de trabalho, embora também o mais paranoico. A experiência de Moody foi valiosa para ensinar os alunos sobre os perigos da magia negra e como se protegerem dela. Ele incentivou todos os alunos, e não apenas Harry, a aprimorarem suas habilidades, dando-lhes uma confiança que nunca haviam experimentado. Contudo, foi descoberto que o Moody que ensinava em Hogwarts era, na verdade, um impostor: Bartie Crouch Jr., um Comensal da Morte, mantendo o verdadeiro Moody cativo. Considerando a eficácia com que ele se passou por Moody, é provável que o verdadeiro Moody teria sido excepcional no cargo.

Por fim, estava Severus Snape. Não sendo uma figura de grande carisma, é inegável que Snape possuía uma habilidade mágica excepcional. Sua especialidade era a arte da poção, mas seu conhecimento profundo das Artes das Trevas também o tornava um recurso valioso para os estudantes abertos a aprender. Alguns diriam que sua eficácia como educador superava a de Lupin ou até mesmo do impostor Moody, dada sua vasta compreensão das Artes das Trevas e sua capacidade de instruir os alunos sobre como se protegerem de magias maléficas. Harry teria se beneficiado imensamente do ensino de Snape, não fosse a natureza conflituosa de seu relacionamento.

Dumbledore não teve muita escolha sobre quem contratou 

• A posição de professor de Defesa Contra as Artes das Trevas foi azarada por Lord Voldemort.
• Isso limitou a já estreita lista de candidatos, forçando Dumbledore a escolher quem se inscreveu.
• Em alguns casos, o professor do ano foi imposto a ele, como Dolores Umbridge. 

Ao revisar as decisões de Dumbledore sobre os professores de Defesa Contra as Artes das Trevas, percebe-se que foram escolhas complexas. Alguns professores se destacaram, enquanto outros deixaram muito a desejar. Contudo, é essencial reconhecer que as opções de Dumbledore eram restritas anualmente. Primeiramente, deve-se considerar que Hogwarts é uma instituição prestigiada que seleciona apenas os candidatos mais excepcionais, o que limita a disponibilidade de professores qualificados. Ademais, após um encontro malsucedido com o jovem Voldemort, que amaldiçoou a posição, a vaga passou a ser uma sentença de morte dentro de um ano para qualquer aceitante. Esse ato vingativo diminuiu ainda mais a lista de possíveis candidatos, principalmente quando a maldição se tornou amplamente conhecida.

Em determinado momento, Dumbledore se viu sem alternativas, forçado a escolher entre os poucos corajosos ou imprudentes que se atreviam a se candidatar. A outra opção seria sobrecarregar os professores atuais com matérias adicionais, possivelmente fora de sua especialidade, o que poderia até expô-los à maldição, eliminando mais um membro capacitado do corpo docente de Hogwarts. Portanto, Dumbledore teve que se conformar com os candidatos disponíveis, esperando que fossem competentes ou, no mínimo, não atrapalhassem o aprendizado dos estudantes.

Houve ocasiões em que as circunstâncias retiraram de Dumbledore a autonomia na escolha dos professores, como no caso de Dolores Umbridge assumindo a cadeira de Defesa Contra as Artes das Trevas. É provável que o Ministério da Magia tenha exercido influência, impondo-a como a única opção para Dumbledore, seja por meio de imposição direta ou intimidando outros possíveis candidatos. Apesar dessas adversidades, Dumbledore soube manejar as situações com as alternativas que dispunha. Levando em conta o desempenho de seus estudantes, é justo afirmar que, apesar das possíveis deficiências nas escolhas de professores, os alunos de Hogwarts mostraram-se suficientemente competentes para superar as limitações do sistema educacional.

Fonte: CBR.com

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