Por que Harry Potter nunca ganhou nenhum Oscar?


Você sabia que a série Harry Potter é a segunda maior franquia de filmes de todos os tempos? Com uma base de fãs apaixonada e milhões de seguidores em todo o mundo, essa saga mágica conquistou corações e mentes. Agora, para a alegria dos bruxos e trouxas, os filmes estão disponíveis na Max!

Mas aqui está o mistério: por que Harry Potter nunca ganhou um Oscar? Apesar de ter sido indicado a 12 prêmios da Academia em oito filmes, a série nunca levou a estatueta dourada para casa. Será que um feitiço de invisibilidade foi lançado sobre ela?

Harry Potter é para 'crianças' (isso não é exatamente verdade)

Apesar da bilheteria sugerir que muitas, muitas pessoas com mais de 14 anos foram ver os filmes, sempre houve a percepção de que se tratava de uma série familiar, não muito diferente de um desenho animado live-action.

E isso é verdade, até certo ponto. Embora ficassem cada vez mais sombrias, a saga era o que Hollywood chama de sustentação de “quatro quadrantes” que, acima de qualquer adulto, visava especificamente levar as crianças mais novas ao cinema.

Esses tipos de filmes raramente se saíram bem no Oscar. Eles têm uma categoria separada para aquelas coisas infantis fofinhas – Melhor Filme de Animação – certo?

“Despertar da Força” em 2016 enfrentou um desafio curioso (ironicamente, considerando que o primeiro filme ganhou seis Oscars em 1978). Enquanto O Senhor dos Anéis era visto como tendo maturidade suficiente para merecer prêmios, Star Wars lutava para conquistar o mesmo reconhecimento.  

A atuação nunca foi vista como válida 

É realmente impressionante olhar para trás na franquia e reconhecer a quantidade de artistas icônicos e premiados que fizeram parte dela.

Emma Thompson, Jim Broadbent, Maggie Smith e Julie Christie receberam merecidamente Oscars por suas atuações. Além disso, Helena Bonham-Carter, John Hurt, Ralph Fiennes, Miranda Richardson, Imelda Staunton, Richard Harris, Julie Walters e Gary Oldman foram indicados. E não podemos esquecer dos brilhantes atores como Kenneth Branagh, Michael Gambon e Alan Rickman.

No entanto, é curioso notar que nenhum deles conquistou prêmios por seus papéis em Harry Potter. Talvez isso se deva à qualidade e/ou ao tamanho de seus personagens (embora o desempenho de Rickman no filme final tenha sido, sem dúvida, digno de prêmios, na nossa opinião). Provavelmente, aos olhos dos eleitores do Oscar, filmes desse tipo são considerados proezas técnicas, com os atores sendo vistos como adereços entre os cenários de ação. Isso é ainda mais acentuado pela atuação das estrelas infantis, que, na maior parte da franquia, foi, no máximo, decente. Quando as performances dos jovens atores estão no centro da história, pode ser difícil para os votantes do Oscar reconhecerem qualquer atuação digna de prêmios (seja lá o que isso realmente signifique). 

O CGI inicial era um pouco complicado 

O mundo de Harry Potter é repleto de magia, criaturas fantásticas e aventuras épicas. Quando o terceiro filme da série, “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban”, foi indicado para Melhores Efeitos Visuais, os fãs ficaram ainda mais fascinados. Mas, se voltarmos aos dois primeiros filmes, percebemos que nem tudo era perfeito desde o início.

No entanto, é no FX (efeitos visuais) que filmes desse tipo conquistam o coração do público e, se tivesse sido brilhante desde o começo, a saga teria acumulado ainda mais prêmios. Infelizmente, algumas cenas, como o troll em “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, mostram como o CGI (computação gráfica) pode ser medíocre, mesmo com um orçamento multimilionário.

Lembram-se de Voldemort na nuca do Professor Quirrell? Ou do centauro Firenze? Essas cenas, embora revolucionárias na época, não se sustentam bem nos dias de hoje. Felizmente, quando Dobby, o elfo doméstico, apareceu, os efeitos visuais haviam evoluído consideravelmente. 

A magia do cinema reside nos detalhes, e os efeitos visuais de Harry Potter continuam a nos encantar, mesmo após oito filmes. 

Os diretores não eram famosos o suficiente 

Você já parou para pensar que os eleitores do Oscar têm um fraco por selfies com celebridades? Pois é, eles adoram! Mas quando o pouco conhecido diretor de TV britânico David Yates assumiu a série de filmes a partir do quinto lugar, muitos ficaram desapontados. Chris Columbus era reconhecível, mas apenas como um líder intermediário. Mike Newell (diretor de ‘Cálice de Fogo’) era praticamente anônimo, e Alfonso Cuarón, apesar de ser queridinho da crítica com seu bem-recebido ‘Y Tu Mamá También’, ainda não era a potência de Hollywood que viria a ganhar o Oscar com ‘Gravidade’ e se tornar um forte candidato com ‘Roma’ este ano.

Agora, compare isso com nomes como Spielberg, Peter Jackson e James Cameron. Todos extremamente bem-sucedidos e também considerados dignos de um Oscar. Não é surpreendente, então, que a Academia veja a saga ‘Harry Potter’ como algo não intelectual o suficiente para merecer seu amor e reconhecimento. 

Uma ilustração perfeita disso é o filme ‘Hugo’, uma aventura infantil dirigida pelo querido crítico Martin Scorsese. Surpreendentemente, ‘Hugo’ conseguiu 11 indicações ao Oscar, vencendo em 5 categorias. Por outro lado, o último filme da série ‘Harry Potter’ foi igualmente bem-sucedido tecnicamente e muito mais popular, mas não levou para casa nenhum prêmio da Academia. 

Eles são sucessos de bilheteria 

O mundo do cinema é um palco onde a arte e o entretenimento colidem. Enquanto os holofotes brilham sobre os vencedores do Oscar, nem sempre esses filmes são os campeões de bilheteria. Vamos explorar essa tensão intrigante.

Spotlight: O vencedor do Oscar de Melhor Filme em 2016, “Spotlight”, é um exemplo notável. Apesar de sua aclamação crítica, ele não arrecadou milhões nas bilheterias. Mas será que isso realmente importa? Afinal, o Oscar celebra a excelência cinematográfica, não apenas o sucesso comercial.

12 Anos de Escravidão, Birdman, O Artista: Esses filmes também receberam a cobiçada estatueta dourada, mas não foram exatamente blockbusters. E por quê? Porque os vencedores do Oscar muitas vezes desafiam as convenções, explorando temas profundos e narrativas complexas. Eles não estão preocupados em agradar às massas, mas sim em deixar uma marca duradoura. 

Franquia Harry Potter: Agora, vamos falar sobre a icônica saga do jovem bruxo. Os filmes de Harry Potter foram consistentemente divertidos, visualmente deslumbrantes e repletos de performances brilhantes. Mas, surpreendentemente, eles não conquistaram muitos Oscars. Por quê? Talvez porque a magia de Hogwarts já era um sucesso por si só, e os prêmios não eram necessários para validá-la.

Titanic e Avatar: Claro, há exceções. Filmes como “Titanic” e “Avatar” combinaram sucesso de bilheteria com reconhecimento da Academia. Eles conseguiram o equilíbrio perfeito entre arte e público. Mas lembre-se, isso envolveu campanhas de premiação brilhantes e uma visão cinematográfica original. 

Em última análise, o Oscar e o sucesso comercial não precisam ser rivais. Às vezes, a verdadeira vitória está em criar algo memorável, independentemente das cifras nas bilheterias. E quem sabe, talvez a próxima franquia mágica possa conjurar um Oscar ou dois! 


Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem