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| Sirius Black caindo sobre o véu da morte em Harry Potter e a Ordem da Fênix |
Entre os muitos artefatos misteriosos da série Harry Potter, o Véu no Ministério da Magia é possivelmente o mais enigmático, pois sua origem e propósito permanecem amplamente desconhecidos. Localizada no centro da Câmara da Morte, uma sala grande e mal iluminada no Departamento de Mistérios, ela fica pendurada em um arco de pedra “em ruínas”, que fica sobre um estrado de pedra elevado sem qualquer suporte de uma parede ao redor. O pano preto rasgado também parece esvoaçar ligeiramente, como se tivesse “acabado de ser tocado”. No filme, o arco é bastante alto e estreito, e o Véu é mostrado como uma espécie de névoa.
A única vez que aparece na história é quando a Comensal da Morte Bellatrix Lestrange lança uma maldição contra Sirius Black durante a Batalha do Departamento de Mistérios, fazendo-o cair para trás através do Véu e desaparecer para sempre. Mesmo que o filme o mostre sendo atingido pela Maldição da Morte, é afirmado no livro que um raio de luz vermelha atinge Sirius no peito - sugerindo que o feitiço de Bellatrix não o mata de fato, mas cair através do Véu sim. Daí, pode-se deduzir que se trata de uma manifestação física, segundo JK Rowling, da “divisão entre a vida e a morte”.
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| Harry Potter e Sirius Black em cena de A Ordem da Fênix |
Quem Criou o Véu?
Embora nunca tenha sido explicitamente mencionado na tradição de Harry Potter de onde vem o Véu, existem várias teorias sobre sua história de fundo. A única revelação de Rowling sobre isso é que ele está lá há tanto tempo quanto o próprio Ministério. Embora a pesquisa realizada pelos Indizíveis (aqueles que trabalham no Departamento de Mistérios) seja estritamente confidencial, pode-se presumir que eles inventaram o Véu para estudar a morte de perto - especialmente porque eles têm um histórico de intromissão no desconhecido (as profecias e Vira-Tempos sendo exemplos notáveis).
No entanto, deve-se notar que o Ministério da Magia foi estabelecido em 1707 e o Departamento de Mistérios realmente existia muito antes dele, já que os registros de suas operações secretas datam de 1672. Isso pode significar que, dada a localização do Véu, o departamento foi construído em torno dele primeiro. Neste caso, é na verdade uma relíquia antiga em vez de uma criação dos funcionários do Ministério. Na verdade, existem algumas dicas que parecem sugerir que a própria Morte criou o arco.
De acordo com O Conto dos Três Irmãos, em algum momento do século 13, os irmãos Peverell encontraram uma personificação da Morte, que concedeu a cada um deles objetos mágicos que vieram a ser conhecidos como Relíquias da Morte: a Capa da Invisibilidade, a Pedra da Ressurreição e a invencível Varinha das Varinhas. Cada um deles simboliza o desejo humano de se esconder, controlar ou dominar a Morte. A Pedra da Ressurreição, em particular, concedeu ao segundo irmão (Cadmus Peverell) a habilidade de trazer de volta qualquer um dos mortos. Ele o usou para ressuscitar uma mulher que amava, apenas para descobrir que ela era apenas uma mera sombra de seu antigo eu. Como é narrado em Os Contos de Beedle, o Bardo, ela estava “silenciosa e fria, separada dele como por um véu”. Isso levanta a possibilidade de que o Véu no Ministério seja, na verdade, a porta mítica descrita na história.
Mesmo que se possa argumentar que esta forma de Morte só aparece em um conto infantil fictício - tornando-o um improvável criador do Véu - não há como negar o fato de que as lendárias Relíquias da Morte realmente existem. Dumbledore acredita que os irmãos Peverell, que eram bruxos altamente talentosos, provavelmente criaram as próprias Relíquias. Isso traz uma teoria alternativa de que Cadmus realmente formou o Véu, em sua tentativa desesperada de abrir um portal entre os mortos e os vivos.
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| Foto: Reprodução/GameRant |
Quais são os sussurros por trás do véu?
Quando Harry e os outros se deparam com o Véu em Harry Potter e a Ordem da Fênix, "murmúrios e sussurros fracos" podem ser ouvidos dele - presumivelmente daqueles que faleceram do reino dos vivos. Na verdade, eles só parecem falar mais alto quando Harry pergunta quem eles são.
No entanto, nem todos eles podem ouvir os sons. Harry sente uma “forte vontade de subir no estrado e passar por ele”, enquanto Luna também acredita que “tem gente lá dentro”. Por outro lado, Rony e Hermione afirmam que não conseguem ouvir nenhum som do Véu, e Neville e Gina, que não ouvem nada, ainda permanecem paralisados pelo brilho da soleira. É interessante notar que Harry e Luna também estão entre os poucos que podem ver Testrálios (criaturas que só são visíveis para quem já testemunhou a morte). Isso sugere que o Véu está apenas chamando esses dois personagens quando eles foram tocados pela morte (com Harry perdendo seus pais e Luna, sua mãe). Na verdade, as vozes que ouvem podem ser de seus próprios entes queridos.
Rowling também explica que isso depende do ceticismo ou crença do ouvinte sobre o que está além. A “hiper-racional” Hermione não consegue sentir nenhuma presença por trás do Véu, e também acha que é perigoso. Em contraste, Luna, que “acredita firmemente na vida após a morte”, ouve as almas que partiram falando “muito mais claramente do que Harry”. Harry é atraído por eles porque sua vida foi profundamente impactada pela morte, e é por isso que "ele agora tem uma curiosidade atipicamente forte sobre a vida após a morte".
Assista:
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Fonte: GameRant
